A sociedade saudita conserva até a atualidade a
tradicional divisão em nômades, aldeões e habitantes
das cidades, dentro de uma estrutura tribal comum, baseada na linhagem
patrilinear. Apesar disso, a modernização econômica
e a urbanização decorrentes da exploração do
petróleo trouxeram importantes mudanças para a composição
social e as formas de vida do povo saudita.
A riqueza advinda do petróleo permitiu o estabelecimento
de um sistema educativo gratuito em todos os níveis. Os índices
de analfabetismo, tradicionalmente altos, diminuíram de modo significativo.
A primeira universidade foi fundada na capital, em 1957; na década
de 1960, instalaram-se outras em Djeda e em Medina. Foi implantado um sistema
de saúde com hospitais e serviços médicos móveis
para atender à população aldeã e nômade.
Criaram-se também postos de educação sanitária.
A tradição nômade e islâmica
do povo saudita determina toda a atividade cultural do país, fechado
a influências externas. Os estudos religiosos, baseados na ortodoxia
wahabita, são a base da atividade intelectual. O wahabismo proíbe
espetáculos públicos, mas as mudanças econômicas
e sociais favoreceram a divulgação de novas idéias
e manifestações artísticas.